Depois de acidentes e
desvios de voos que culminaram em um inquérito civil aberto pelo MPF, o
aeroporto está se adequando às normas de segurança
Aline Almeida
Da Reportagem
Depois de acidentes e desvios de voos que culminaram em um inquérito
civil aberto pelo Ministério Público Federal, o aeroporto de
Rondonópolis (218 km de Cuiabá) está se adequando às normas de
segurança. O Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco é administrado
pela Secretaria de Transporte e Trânsito de Rondonópolis.
Segundo a prefeitura, hoje o local já passa a contar com o PAPI, que são
as luzes instaladas ao lado da pista que identificam se a aeronave na
aproximação final está alta ou baixa em relação ao ângulo de descida.
Já na próxima semana, conforme a prefeitura, o local contará com o RNAV.
Trata-se de um sistema de navegação com coordenadas geográficas por
meio do sistema GPS, em que a aeronave voa por uma sequência de pontos
até o local de destino. Desta forma, as aeronaves não precisarão mais
ziguezaguear entre os auxílios baseados na superfície, para alcançar os
seus destinos.
A prefeitura afirmou que antes mesmo de ser notificada pelo Ministério
Público Federal (MPF), no mês de janeiro deste ano, já havia iniciado a
licitação para a compra e instalação dos equipamentos que trarão mais
segurança às decolagens.
O inquérito aberto pelo procurador da República Guilherme Göpfert foi
motivado após o acidente envolvendo um voo da companhia aérea Passaredo,
no dia oito de janeiro deste ano, e o recorrente desvio de voos para
cidades próximas em razão da impossibilidade de pouso no aeroporto
municipal.
Os grandes problemas aconteceriam principalmente nos voos noturnos. Por
falta do sistema PAPI (Precision Approach Path Indicator) - que em
português significa “Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão” –
a segurança da viagem era comprometida.
Na recomendação, o Ministério Público determinou que os devidos reparos fossem feitos num prazo de 60 dias após a notificação.
À época da instauração do inquérito, o procurador ressaltou que a
implementação dos dois sistemas de segurança melhoraria o nível de
segurança e a proteção à vida dos usuários – além de possibilitar às
empresas aéreas operarem voos noturnos e com aviões de maior capacidade.
E ainda evitar transtornos decorrentes da impossibilidade de pouso por
ausência de visibilidade, fazendo com que pousos sejam deslocados para
outras cidades.
Para Guilherme Göpfert, os mecanismos de segurança são primordiais para qualquer aeroporto.
O inquérito instaurado em 29 de janeiro tinha o objetivo de apurar
possíveis irregularidades na fiscalização da Agência Nacional de Aviação
Civil no aeroporto Maestro Marinho Franco, e sua relação com o aumento
de acidentes aéreos.
FONTE: DIÁRIO DE CUIABÁ
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