O Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande - MT,
cidade da região metropolitana de Cuiabá, deverá entrar ainda este ano
no Plano Nacional de Concessões Aeroportuárias. Articulações junto aos
mais diversos ministérios do Governo Federal foram intensificadas pelo
senador Wellington Fagundes (PR-MT), após a divulgação do novo Relatório
de Desempenho Operacional dos Aeroportos Brasileiros, elaborado pela
Secretaria de Aviação Civil (SAC), que aponta o aeródromo como o "pior
do Brasil".
"Não é aceitável que o segundo maior aeroporto do Centro-Oeste continue
com as obras de ampliação e reforma paralisadas, com mau funcionamento
do ar condicionado, goteiras, problemas nos banheiros e frequentes
apagões" – disse o senador republicano. A solução, segundo ele, será
acelerar o processo de concessão para acontecer ainda em 2015.
A fim de tentar resolver em definitivo a situação caótica do aeroporto,
Wellington ainda no mês maio, no dia 19, solicitou para que o terminal
aeroportuário fosse inserido nos estudos de viabilidade para ingressar
no Programa de Concessões do Governo Federal. Em mais de duas horas de
reunião com o vice-presidente da Michel Temer, o secretário-chefe da
Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o ministro da Aviação Civil, Eliseu
Padilha, o republicano fez o primeiro encaminhamento para que o pleito
estivesse incluso no pacote de concessões anunciado pela presidente
Dilma.
Por conta do prazo esgotado para inserção de novos projetos de
concessão, o aeroporto acabou não sendo contemplado no Programa de
Investimento em Logística, o PIL. Contudo, o ministro Nelson Barbosa, do
Planejamento, garantiu que em rodada de novas concessões a ser
anunciado em 2016 o Aeroporto estaria entrando no pacote de concessões.
Contudo, a última divulgação feita pela Secretaria de Aviação Civil, que
mostra piora na situação do Aeroporto Marechal Rondon no atendimento
aos usuários e até na falta de segurança Wellington Fagundes resolveu
ampliar a articulação. Na semana passada, conseguiu o apoio do ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Armando Monteiro,
para inclusão imediata do terminal no Programa Nacional de
Desestatização, de forma a dar início à modelagem da concessão. Monteiro
se comprometeu a convocar extraordinariamente o Conselho de
Desestatização que preside para aprovação do projeto pela SAC.
Wellington também está articulando junto ao gabinete da presidente Dilma
Rousseff, que este processo vença a burocracia e a Concessão seja uma
realidade ainda em 2015. Com ministros e assessores, ele tem pregado a
condição estratégica do aeroporto, sobretudo para os países que integram
o Mercosul. Ele disse que o terminal está preparado e equipado com
estrutura moderna para o tráfego alfandegário.
"Com a concessão, sua tendência imediata será de propiciar atração de
novos investimentos, ampliação do número de usuários e novas
oportunidades de trabalho, com a criação de novos negócios, instalação
de empreendimentos associados, permitindo retorno financeiro ao poder
público, oferta de melhores serviços à população, e ainda, planejamento e
programação de novos destinos aéreos nacionais e internacionais" –
disse.
Movimentação
Em 2014, o Aeroporto Marechal Rondon registrou movimento de 3,3 milhões
de passageiros, 10% a mais que no ano anterior. Além disso, 5,2 milhões
toneladas de carga foram transportadas e 64.585 aeronaves passaram pelo
local. A expectativa é que em 2015 o movimento seja de aproximadamente
3,6 milhões.
O senador republicano destacou que há anos vem trabalhando para fazer
com que o aeroporto seja ampliado e lembrou que as obras de reformas e
ampliação do terminal aeroportuário se arrastam. "No último ano, fizemos
grande esforço para alocação de recursos junto ao Governo Federal para
preparar o local para receber os turistas que foram assistir aos jogos
da Copa do Mundo. Os recursos foram liberados, as obras foram começadas,
mas ainda não estão concluídas" – ele lamentou.
Entre as obras inacabadas no Aeroporto Marechal Rondon estão as duas
pontes de embarque, adequação das vias de serviço, nova sinalização no
pátio de aeronaves e ampliação do acesso viário. O aeroporto mostra
ainda a necessidade de expansão do estacionamento. "Precisamos concluir
urgentemente o novo terminal de passageiros" – frisou o senador.
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