segunda-feira, 2 de março de 2020

AEROPORTO DE RONDONÓPOLIS: EMPRESA DIZ NEGOCIAR MELHORIAS NOS VOOS

Aeroporto de Rondonópolis: Empresa diz negociar melhorias nos voos

Diversas entidades participaram na tarde de sexta-feira (28), no auditório da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir), de uma reunião com um representante da Centro-Oeste Airports (COA), empresa que venceu o leilão realizado pelo Governo Federal e passou a administrar um bloco com quatro aeroportos de Mato Grosso, incluindo o de Rondonópolis.

O intuito da reunião, organizada pelo Grupo de Mulheres em Prol de Rondonópolis (GMPR), foi mostrar que a sociedade civil organizada da cidade quer contribuir com a empresa nesse processo de restruturação do Aeroporto Maestro Marinho Franco, bem como saber como estão os investimentos no local, após a COA assumir a gestão há pouco mais de dois meses.

O diretor da Centro-Oeste Airports (COA), Marco Antonio Migliorini, explicou alguns dos investimentos que estão sendo feitos, dentro do prazo emergencial previsto em contrato, que é de seis meses. “Nós realizamos alguns serviços de pintura, arborização, elétrico, climatização, refletores, entre outros, neste momento inicial. Também conseguimos uma melhoria com relação ao voo para São Paulo pela Azul [Azul Linhas Aéreas], que passa a ser todos os dias”, externou.

Atualmente, o voo entre Rondonópolis e o Aeroporto de Viracopos – Campinas acontece somente seis vezes na semana. A partir de março, serão sete vezes, sendo que a Azul passa a operar também no domingo. O diretor também disse que, somente no mês de fevereiro, esteve três vezes em reuniões com a Azul para negociações quanto ao horário do voo em Rondonópolis, que é durante a madrugada e desagrada boa parte dos usuários.

“Estamos em negociação, que é a longo prazo. Já negociamos algo do time em outros aeroportos administrados por nós, e os resultados vieram, mas algum tempo depois. É preciso esclarecer que uma mudança dessas não envolve somente Rondonópolis e Viracopos, mas toda a malha viária da empresa”, explicou.

Migliorini complementou dizendo que técnicos da COA vão realizar estudos sobre a viabilidade dessas mudanças, e garantiu que o aeroporto de Rondonópolis será tratado da mesma forma que os demais que compõem o bloco adquirido, e que precisa ter funcionalidade para o equilíbrio da empresa.

Tânia Balbinotti, integrante do GMPR, questionou se os passageiros terão que esperar muito tempo para começar a ver as melhorias na estrutura e na funcionalidade do aeroporto. O diretor explicou que o rito é longo, que é necessário muita negociação com as companhias e inteligência para oferecer opções. “O que sabemos é que vamos dar as condições”, garantiu o diretor.

Vale lembrar que, por contrato, a empresa Centro-Oeste Airports (COA) tem o prazo de três anos para aplicar todas as melhorias que estão previstas aos passageiros, e de cinco anos para a reestruturação, modernização e sinalização da pista. Segundo a COA, tudo será feito dentro do prazo e do estudo de viabilidade econômica realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil, antes mesmo do leilão.

“Quanto aos voos, estamos nos esforçando e vamos negociar com as companhias, oferecendo condições e estudos sobre viabilidade. Isso foi feito em Mato Grosso pela Prefeitura de Sinop e deu certo, a GOL está operando na cidade. Aqui, como administradores, também vamos batalhar para ter esses avanços”, pontuou Migliorini.

A reunião se estendeu pela tarde e o diretor da empresa respondeu as mais diversas perguntas, feitas pelos representantes de entidades, mostrando que o consórcio está aberto ao diálogo.

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