quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Futuro do aeroporto fica indefinido


Placas indicam obras no aeroporto municipal, cujos investimentos podem ficar subaproveitados sem voos para diferentes cidades

Placas indicam obras no aeroporto municipal, cujos investimentos podem ficar subaproveitados sem voos para diferentes cidades
Mesmo com investimento, tendência agora é que o aeroporto de Rondonópolis atenda apenas pequenas aeronaves e particulares
Mesmo com investimento, tendência agora é que o aeroporto de Rondonópolis atenda apenas pequenas aeronaves e particulares
Aeroporto municipal - entrada - 21-01-14
Mesmo com os investimentos em andamento, o futuro do aeroporto municipal Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, fica indefinido em relação ao seu aproveitamento com a decisão da Azul Linhas Aéreas em suspender os voos na cidade para fora do estado. A decisão da empresa, a terceira maior do setor aéreo nacional, pode fazer com que o aeroporto local atenda apenas pequenas aeronaves e particulares.
Para piorar, após uma semana do anúncio da suspensão dos voos por parte da Azul em Rondonópolis, as entidades de classe e representantes da classe política, que haviam prometido empenho e mobilização para discutir e encontrar meios para reverter essa situação, esqueceram o assunto. Nenhuma reunião para discutir a situação do transporte aéreo local foi marcada até o momento, bem como não realizada alguma mobilização por parte de representantes da sociedade rondonopolitana.
Apesar da Prefeitura ter informado que a decisão da Azul em Rondonópolis foi para priorizar o aumento da demanda nas capitais em função da Copa do Mundo, vários anúncios de novos voos em outras cidades interioranas de menor porte têm gerado dúvidas localmente. O esfriamento da discussão da suspensão dos voos em Rondonópolis para fora de Mato Grosso gera ainda preocupação e pode mostrar a falta de força da sociedade civil e da classe representativa da cidade.
Ao mesmo tempo, na edição de sábado, o Jornal A TRIBUNA noticiou que a Azul começou a operar na cidade de Três Lagoas (MS), na semana passada, com voos para Campinas (SP). Agora, há a informação que a Passaredo Linhas Aéreas fez o pedido de autorização de voo entre Sinop e Brasília (DF), linha que Rondonópolis vem reivindicando há tempos. O pedido é para que a Passaredo comece o voo entre Sinop e Brasília a partir do dia 03 de fevereiro de 2014, em uma aeronave para 70 passageiros. Com isso, enquanto Rondonópolis vem perdendo espaço na aviação comercial, outras cidades de menor porte vêm se articulando e mostrando força.
Procurado pela reportagem, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), Luiz Fernando Homem de Carvalho, o Luizão, externou que continua atento a essa questão e cobrando da Prefeitura uma alternativa que não venha prejudicar a cidade. “É um absurdo, pois não tem faltado passageiros. Os voos estão saindo lotados”, externou sobre a decisão da Azul em relação a Rondonópolis. Ele diz que a ACIR se prontificou ainda em trabalhar para buscar outras empresas aéreas para atuar em Rondonópolis, como a própria Passaredo, que já atendeu a cidade. “Não podemos deixar dessa forma”, finalizou.
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Edson Ferreira, repassou, por sua vez, ao A TRIBUNA que, antes de se posicionar sobre o assunto, está no aguardo de uma resposta oficial da Azul sobre os motivos da empresa em suspender em Rondonópolis os voos para fora do estado. Até ontem a empresa não lhe havia dado uma resposta. Ele argumenta que, de posse de uma posição formal, é possível analisar que providência tomar e, até mesmo, a necessidade da realização ou não de uma reunião para discutir soluções ou alternativas.
A partir do dia 06 de fevereiro próximo, a Azul manterá em Rondonópolis apenas a linha para a cidade de Cuiabá.
OBRAS
Atualmente, o aeroporto local recebe investimentos em reforma e ampliação da ordem de R$ 21 milhões. A pista de pouso e decolagem passará de 30m para 45m de largura e será aumentada para 2.460m de extensão. Será implantada e pavimentada uma pista de taxiamento, com 2.022m, paralela a de pouso e decolagem com acesso as duas cabeceiras, e será instalado o sistema Precision Approach Path Indicator (Papi), que se trata de um indicador de trajetória de aproximação de precisão, usado em dias de tempo ruim. Serão adquiridos ainda equipamentos, como Raio-X de bagagem e esteira para distribuição das bagagens despachadas. O questionamento agora é que, se mesmo com essas melhorias, o aeroporto ficará sem o devido aproveitamento da sua estrutura.

FONTE: A TRIBUNA MT

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