sábado, 25 de janeiro de 2014

Rotary fará mobilização pelo aeroporto de Rondonópolis

Os rotarianos Nelson Pereira Lopes e Alencar Libano de Paula, ex-administrador do aeroporto municipal, do Comitê Pró-Aeroporto do Rotary Club Rondonópolis: esforços em prol do aeroporto local
Os rotarianos Nelson Pereira Lopes e Alencar Libano de Paula, ex-administrador do aeroporto municipal, do Comitê Pró-Aeroporto do Rotary Club Rondonópolis: esforços em prol do aeroporto local
Obras no aeroporto municipal1 - 22-01-14O Rotary Club Rondonópolis pretende envolver os diversos segmentos da sociedade rondonopolitana, incluindo clubes de serviço, entidades empresariais e representantes políticos, em ações para fomentar as opções de voos no aeroporto municipal. Em novembro de 2013, o clube criou o Comitê Pró-Aeroporto, visando acompanhar as obras de reforma e ampliação do aeroporto local. Agora, com a decisão da Azul Linhas Aéreas em suspender os voos em Rondonópolis para fora de Mato Grosso, decidiu promover uma grande mobilização para convencer a empresa da viabilidade de Rondonópolis no transporte aéreo, assim como articular providências para sanar deficiências no aeroporto.
O Comitê Pró-Aeroporto é formado pelos rotarianos Alencar Libano de Paula, ex-administrador do aeroporto municipal, Nelson Pereira Lopes, e Evaldo Alves Batista, sendo presidido pelo rotariano Vladimir Calil Faissal, presidente do Rotary Club Rondonópolis. Em visita ontem ao Jornal A TRIBUNA, Alencar Libano e Nelson Pereira externaram a necessidade de promover o engajamento social, para que Rondonópolis não fique na dependência exclusiva de Cuiabá para voos. Assim como representantes locais da sociedade organizada criaram o Comitê Pró-Rodovias, explicaram que o Comitê Pró-Aeroporto foi criado para auxiliar em causas de interesse da estrutura aeroportuária e transporte aéreo.
Conforme Nelson Pereira, a intenção do Comitê é promover, o mais breve possível, uma grande reunião supra-partidária, com os diversos segmentos sociais, para discutir a situação da Azul na cidade, os problemas do aeroporto municipal e buscar soluções para as deficiências existentes. O resultado dessa reunião, segundo ele, será um documento a ser elaborado e a ser entregue para a Azul Linhas Aéreas, para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgãos da aviação, representantes políticos, entre outros. Por atender os municípios de toda a região, também almeja conseguir o apoio na causa dos prefeitos dos diversos municípios que podem ser beneficiados com mais opções de voos no aeroporto local.
Alencar Libano, que já administrou o aeroporto, alerta que os prejuízos da desativação de voos em Rondonópolis para fora de Mato Grosso são grandes, pois o município tem o foco hoje no turismo de negócios, no qual as empresas dependem dessa estrutura aeroportuária. Ele observa que o Fundo Municipal Aeroportuário, criado em meados de 2012, tem um saldo de cerca de R$ 600 mil, segundo revelado pelo próprio secretário municipal Argemiro Ferreira. Esse valor, segundo Alencar, é suficiente para comprar equipamentos de aproximação, raio-x, esteira de bagagens e viabilizar a licitação de uma empresa para controlar o tráfego aéreo. Contudo, diz que o problema é que a administração municipal fica esperando a promessa de investimentos nesses equipamentos por parte do Governo do Estado, mas que insistem em não se concretizarem.
Alencar citou o exemplo da cidade paranaense de Maringá, que descentralizou a administração aeroportuária para uma empresa pública, gerando grande autonomia para melhoras. Nesse sentido, atestou a necessidade de uma urgente revisão no termo de cooperação firmado entre Estado e Município em torno do aeroporto municipal. Ele acredita que uma interessante ideia seria a federalização do aeroporto local, que passaria a ser da União, sendo controlado pela Infraero, com total gabarito e capacidade para tal. Inclusive, essa ideia será levada para a bancada federal com base em Mato Grosso, especialmente em Rondonópolis.
Conforme Alencar Libano, uma das grandes dificuldades atuais dos aeroportos municipais são a capacitação de mão-de-obra para a aviação civil, algo muito complexo. Nesse contexto, alerta que não adianta ter os equipamentos necessários e não ter mão-de-obra especializada para operá-los. Diante das dificuldades dos municípios, repassa que os governos estadual e federal precisariam dar um maior suporte técnico às administrações na capacitação de mão-de-obra para os aeroportos. Por isso, reforça que a visão dos governos estadual e federal em relação ao transporte aéreo precisa ser mudada.
No momento, o Comitê Pró-Aeroporto ressaltou a importância do poder público ter um maior relacionamento com a Azul, buscando entender o que realmente motivou a empresa a restringir os voos em Rondonópolis, vendo suas necessidades e buscando resolver os problemas. Outra preocupação do Comitê é que as obras em andamento, de ampliação da pista principal e construção de uma pista de taxiamento, assim como o processo de aquisição de equipamentos, sejam concluídas o quanto antes, para dar as condições necessárias de tráfego às empresas aéreas ao aeroporto municipal.
Possivelmente, para a noite da próxima terça-feira, o clube estará com o representante local da Azul para dar explicações sobre a situação da empresa na cidade.
Já a data da reunião ampliada sobre o aeroporto, que está sendo articulada pelo Comitê do Rotary Club Rondonópolis, ainda não foi definida.

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