quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Aeroporto de Rondonópolis segue precário e com equipamentos inativos

O prefeito Percival Muniz (PPS) mandou soltar rojão, jogar confete e fez a maior propaganda possível nos veículos de comunicação aliados que havia resolvido a questão da precariedade de segurança de voo com os equipamentos que chegaram, ao custo de mais de R$ 1 milhão, para o Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco. Segundo ele, os materiais garantiriam estrutura tecnológica para a aproximação e decolagem de aeronaves, mesmo durante a noite e em condições meteorológicas adversas.
No entanto, já se vão seis meses da tal compra do RNAV/GPS e do PAPI, instrumentos ditos pelo prefeito como o que há de mais moderno na aviação civil, e nada de melhorias. Na última semana, por exemplo, foram três cancelamentos de voos para a cidade. Levando-se em conta que só existem dois voos atualmente por dia, sendo um para Brasília, pela Passaredo, e outro da Azul, para Cuiabá, quase que está compensando fechar o aeroporto local, de vez, e economizar o recurso público usado para seu mantimento.
Além de não serem toda esta maravilha dita pelo prefeito, já que alguns especialistas já até os consideram parcialmente obsoletos, o PAPI E O RNAV têm de passar por um extenso processo de homologação, que compreende regulação e outros trâmites administrativos e técnicos para que, efetivamente, comecem a funcionar. Ocorre que o prefeito decidiu contratar uma empresa para fazer “tudo” e lavou as mãos, mas a tal contratada recebeu o investimento, sentou em cima da situação completamente e até agora “nada”.
Hoje, o que se tem são aparelhos que custaram mais de R$ 1 milhão e que não estão em funcionamento. Recentemente, o senador da República, José Medeiros (PSD/MT), foi quem procurou a empresa e identificou que o processo estava simplesmente parado. O parlamentar se reuniu com membros da Agência Nacional de Aviação Civil – Anac, foi elo entre o Município e o órgão, expediu por seu próprio gabinete várias deliberações e conseguiu fazer com que a papelada avançasse.
Após o destravamento, falta apenas o chamado voo de regulação, feito por uma aeronave da Força Aérea Brasileira – FAB, para que a necessária homologação, de uma vez por todas, aconteça. Quanto a população, neste caso, àqueles que não conseguiram viajar e tiveram prejuízos nos afazeres profissionais por isso, fica a esperança que vá se embora de vez a velha política e os gestores assumam discursos pautados principalmente na verdade, já que têm a responsabilidade de serem fontes oficiais quando emitem informações.
Ou então, aproveitando a época de eleições, pesquisas e termos usuais, o negócio vai ser colocar uma margem de erro de dois anos, neste caso ‘para mais’, quando algum chefe do Executivo disser que “resolveu o problema”.

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